No San Fermín, como quase tudo, a coisa é elevada ao exagero. Porquê? A mãe explica:
"Pouco antes das doze, o Presidente da Câmara Municipal, ou a Presidente, saem à varanda da Câmara Municipal. Por baixo, na Praça, milhares de pessoas levam horas à espera do momento; a ansiedade colectiva vai subindo vários graus á medida que se aproxima o meio dia. Abrem-se centenas de garrafas de vinho e de champanhe, repartindo-se em partes iguais entre o estômago e as roupas do pessoal (entram vestidos de branco, saem vestidos de cor de vinho e as roupas ficam á porta de casa, dentro de um saco, prontinhas para irem para o lixo porque são impossíveis de se lavar!). Calor infernal. Não cabe nem mais um alfinete. Quando, quem está encarregado de acender o foguete se chega ao dito, escuta-se um rugido geral do zé povinho: cantos, gritos, assobios, palavrões, e também , queixas de algum desgraçado espezinhado. Com o estrondo apenas se pode ouvir o grito ritual: "Pamploneses, viva San Fermín, Gora San Fermín!"
E então há uma espécie de ataque de loucura colectiva, e toda a cidade dá uma volta num instante: começa a desbunda geral e uma borracheira colectiva matutina digna de se ver (de longe, porque o cheiro a vinho é nauseabundo!). A festa dura desde o mesmo dia 6 de Julho ao 14 de Julho. Non stop. É costume de levar o lenço vermelho amarrado ao punho ou guardado no bolso até que o Txupinazo inaugura a festa. Depois o costume convida a pôr-lo onde lhe der a gana. E é após o ruído da pólvora, em poucas horas que a coisa se põe dantesca e um se perde nos labirintos do álcool e dos encontros. É um grande começo!"
In "www.sanfermin.com"; os parêntesis são meus.
A Praça Consistorial, onde se desenrrola a acção é pequena. Mais pequena do que fazem crer as fotos.
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