domingo, 6 de junho de 2010

Mr. G., o meu segundo filho!!!

Olhei para ele ontem e consegui sentir o amor que uma mãe tem por um filho. Primeiro ou segundo. Mas vou-vos ser sincera, não sei se se passa com todas, mas esse amor custou a chegar. Não que não gostasse do meu filho. Não! Amo-o incondicionalmente desde o primeiro dia, desde o primeiro segundo. Mas, todos os sentimentos são diferentes dos que se vivem ao primeiro. A gravidez é diferente. Mais relaxada, vives com outra tranquilidade, já sabes quando vais sentir o bom e o mau, o que é normal e anormal. Não estás sempre de coração na mão com o será normal? Não será? Incluindo o parto, que já sabes para o que vais, embora o meu segundo tenha sido milhões de vezes melhor que o primeiro. Em tudo!!

Depois nasce, tens a emoção, sentes o amor, o bichinho, mas, não é como o primeiro. O medo, a primeira fralda, a primeira refeição láctea, o primeiro banho, o primeiro ranho, tudo aqui deixa de ser o primeiro para ser o numero 345 987 de fralda, arroto, cagada, mijada, etc.. Para mim, nem o limpar o cú e a pila foram diferentes, porque já tinha limpado um outro cú e uma outra pila!

E por já não ser aquela novidade, aquela intensidade, aquela angústia, aquela surpresa, aquela incerteza, é que deveria haver mais espaço para o amor. Mas não. Não comigo. Não senti aquela coisinha, o bichinho que se sente no primeiro filho. O segundo é levado com mais maturidade, com mais "eu sei fazer isto". Também acho que como mãe marinheira de primeira viagem eu era muito insegura e tinha dúvidas sobre tudo. Agora não. Quando há uma ranhoca, um tossir, bota soro, aspira, limpa e vamos nessa Vanessa!!! E por isso parece que não há amor. Porque não há 24 horas de ai Jesus!! Claro que há preocupação! Mas uma preocupação racional!

Até que, uns tempos mais tarde, acontece a magia do "olha, afinal é o meu menino, o meu tesouro, a minha outra parte!! Que bom!! O cheirinho, o carinho, o sorriso, o calor... porque agora ele interage comigo, já me diz: olá, estou aqui e amo-te, mãe!! E eu a ti, filho! Para o que der e vier." E o amor cresce de dia para dia. Aumenta em todos os segundos. Em todas as expirações e inspirações. Assim passa a ser mais fácil viver. E tens mais amor em ti. Estás mais fofinha! Assim como o veludo!! Mais cuchi, cuchi!!!

De repente...São dois!!! Posso amar os dois!!! E porque demoramos um tempo a perceber que podemos amar o segundo sem deixar de amar o primeiro? Quando há espaço para todos? Porque o coração deixa de ser um T1 e passa a ser um T2. Assim. Sem orçamentos nem obras. Eu e o Oh! Mor! dormimos na sala. Antes, era um T0!!!



Os meus filhos!! Os meus!! Lindos!!

1 comentário:

Maria Santos disse...

Apetece-me ser mãe...
Derrubaste-me com este post!!!!