Depois nasce, tens a emoção, sentes o amor, o bichinho, mas, não é como o primeiro. O medo, a primeira fralda, a primeira refeição láctea, o primeiro banho, o primeiro ranho, tudo aqui deixa de ser o primeiro para ser o numero 345 987 de fralda, arroto, cagada, mijada, etc.. Para mim, nem o limpar o cú e a pila foram diferentes, porque já tinha limpado um outro cú e uma outra pila!
E por já não ser aquela novidade, aquela intensidade, aquela angústia, aquela surpresa, aquela incerteza, é que deveria haver mais espaço para o amor. Mas não. Não comigo. Não senti aquela coisinha, o bichinho que se sente no primeiro filho. O segundo é levado com mais maturidade, com mais "eu sei fazer isto". Também acho que como mãe marinheira de primeira viagem eu era muito insegura e tinha dúvidas sobre tudo. Agora não. Quando há uma ranhoca, um tossir, bota soro, aspira, limpa e vamos nessa Vanessa!!! E por isso parece que não há amor. Porque não há 24 horas de ai Jesus!! Claro que há preocupação! Mas uma preocupação racional!
Até que, uns tempos mais tarde, acontece a magia do "olha, afinal é o meu menino, o meu tesouro, a minha outra parte!! Que bom!! O cheirinho, o carinho, o sorriso, o calor... porque agora ele interage comigo, já me diz: olá, estou aqui e amo-te, mãe!! E eu a ti, filho! Para o que der e vier." E o amor cresce de dia para dia. Aumenta em todos os segundos. Em todas as expirações e inspirações. Assim passa a ser mais fácil viver. E tens mais amor em ti. Estás mais fofinha! Assim como o veludo!! Mais cuchi, cuchi!!!
De repente...São dois!!! Posso amar os dois!!! E porque demoramos um tempo a perceber que podemos amar o segundo sem deixar de amar o primeiro? Quando há espaço para todos? Porque o coração deixa de ser um T1 e passa a ser um T2. Assim. Sem orçamentos nem obras. Eu e o Oh! Mor! dormimos na sala. Antes, era um T0!!!
Os meus filhos!! Os meus!! Lindos!!
1 comentário:
Apetece-me ser mãe...
Derrubaste-me com este post!!!!
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